Eu e a Natureza

As saudades que sinto daquela frescura matinal. Dos dias passados à beira-mar, a admirar a natureza...

Ahh... Como adoro esses preciosos momentos em que me sinto quase selvagem. Quase como membro de um novo mundo livre e inesperado.

Sou livre por momentos... Breves momentos infinitos, em que me desligo de tudo o que vivi anteriormente.

Esqueço a confusão citadina, os dilemas amorosos, as preocupações familiares, os encontros com os amigos e todas as coisas mesquinhas que me moem diariamente a cabeça. Esqueço quem fui e moldo quem sou à imagem daquele ambiente.

Deixo-me contagiar pelo seu aroma fresco e melodias aleatórias, quase silenciosas. Permaneço sem proferir qualquer palavra, apenas interiorizando cada nova sensação.

Subitamente, o telemóvel toca, as pessoas surgem inesperadamente, ou simplesmente olho o relógio e vejo que são horas de partir.

Sou um ser inserto e assim sendo, o velho regresso à rotina conferem-me a minha forma original, esquecendo, desta vez, aqueles momentos em que compreendi verdadeiramente a natureza e tudo o que ela contém.